quarta-feira, 13 de maio de 2009

SOCORRÃO I - Paciente aguarda cirurgia na cabeça há um mês

DYEGO RODRIGUES

Um mês. Esse é o tempo que o pedreiro, Francisco Mendes Teixeira, 44, internado no Hospital Djalma Marques (Socorrão I) espera por uma cirurgia para a retirada de um aneurisma cerebral. Ontem, a família do interno conversou com a equipe de reportagem, e alertou que ele já está sem enxergar, a aproximadamente cinco dias. No primeiro momento da peregrinação, o paciente chegou a ficar um dia no corredor da casa de saúde. Atualmente ele encontra-se na unidade intensiva do hospital, mas a família alega que ele precisa ser removido para uma sala de cirurgia para realizar a operação de urgência.

De acordo com a esposa do interno, Maria de Jesus Nascimento Teixeira, 39, doméstica, o marido aguarda uma cirurgia para a retirada do aneurisma (dilatação da artéria do cérebro). Segundo ela, o paciente que tem se alimentado por uma sonda, já teve a região dos olhos afetada, onde já não enxerga mais nada e nem consegue reconhecer a família, durante as visitas diárias, realizada por uma hora. “Eu não sei o que esta acontecendo que eles não querem operar o meu marido. Cada hora e minuto que se perde eu fico com menos esperança”, se desespera a esposa.

A preocupação da família, em relação à situação do paciente, se torna ainda maior devido à distância e a baixa freqüência que eles o visitam, devido às normas do hospital. “A gente não sabe o que está acontecendo com ele durante todo o dia. Se Deus o livre ocorre algo, nós seremos os últimos a ficar sabendo. Primeiro, porque não tem nada que possa tá situando a gente da situação em que ele está. Os médicos não são os mesmos. As enfermeiras não repassam o nome dos médicos para a gente procurar”, desabafa.

Ontem, dona Maria de Jesus tentou o contato com uma equipe médica de plantão, mas não obteve sucesso. “Eu ainda tentei o contato com eles, para ver se poderiam me orientar no caso do meu marido, mas nada consegui. Alguns diziam que não eram o médico responsável pelo caso, e então não poderiam ta fazendo uma avaliação. Porém o que eu sei é que meu marido não está nada bem”, lamenta.

Segundo a esposa, toda a situação se tornou mais agravante depois que o pedreiro foi vítima da doença, durante uma empreitada de trabalho. “Ele se sentiu mal no serviço, onde chegou a desmaiar. Ainda bem que deu tempo dele descer dos andaimes que ele estava, para pedir ajudar aos outros amigos”, conta.

O sentimento é compartilhado por todos da família. O filho mais velho, de apenas 17 anos, Emanoel Teixeira, resolveu procurar o jornal para tentar salvar a vida do pai. “Nós estamos tentando pelo menos transferir ele para o Hospital Dutra, para que ele possa ser operado e com isso se recuperar desta doença que o atingiu”, complementa por telefone o filho.

A equipe de reportagem procurou a diretoria do hospital para esclarecer a situação, mas não foi recebida pela mesma. De acordo com uma das secretárias da diretoria, uma reunião estaria acontecendo no local e a assessor da casa de saúde não estava no local. A assessoria do hospital procurou O IMPARCIAL apenas no final da edição, mas não tinha informações sobre o assunto. Apenas solicitou o nome do paciente e não retornou o contato.

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